Eficiência logística ganha protagonismo na agenda da transição climática
A eficiência logística como grande vetor da transição climática e da redução de emissões de poluentes norteou o debate desta terça-feira no painel “Cadeias Logísticas Sustentáveis: Desafios e Soluções”, realizado no Palco Transição Energética e Descarbonização durante o Summit Agenda SP+Verde.
No centro da discussão, especialistas do poder público e da iniciativa privada trouxeram contribuições estratégicas para a redução de emissões de poluentes e a melhoria da eficiência dos fluxos de transporte, armazenagem e distribuição. Os participantes revelaram como soluções inovadoras e integradas podem transformar cadeias logísticas em modelos mais sustentáveis, conectados e competitivos, alinhando tecnologia, práticas de baixo carbono e qualidade de vida nas cidades.
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Com moderação de Marcos Azevedo, Head de Sustentabilidade da Bravo e diretor de ESG da Associação Brasileira de Operadores Logísticos, o debate reuniu Denis Gerage Amorim, subsecretário de Logística e Transportes da Semil, Ernesto Sampaio, diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, Guilherme Mattos, diretor Comercial da Edge, e Kristof Waterschoot, diretor Geral do Porto de Antuérpia-Bruges International (PoABI).
Durante a discussão, os participantes enfatizaram a necessidade de repensar os fluxos logísticos com soluções que integrem transporte rodoviário, ferroviário, marítimo e urbano, tornando as cadeias mais eficientes, conectadas e de baixo carbono. Além disso, destacaram iniciativas em desenvolvimento para que o Estado alcance resultados efetivos a curto, médio e longo prazo, em alinhamento com o setor privado e a sociedade.
Para o subsecretário de Logística e Transportes da Semil, Denis Gerage Amorim, a inovação em logística é essencial para equilibrar competitividade e sustentabilidade. “A transição climática exige que repensemos cada elo da cadeia logística. Só com integração e tecnologia podemos reduzir emissões e gerar valor ambiental e econômico para o Estado de São Paulo. Estamos realizando uma grande obra na Hidrovia Tietê-Paraná, com grande ganho para o escoamento de produção até o Porto de Santos. Além disso, já iniciamos o Plano de Logística e Investimentos – o PLI-2050, que mira no futuro para que o planejamento que já é executado seja eficiente na integração dos modais.”
Ernesto Sampaio, diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, ressaltou a importância da modernização portuária e da digitalização de processos. “A descarbonização passa pela otimização de operações, planejamento estratégico e colaboração entre portos e transportadoras. É assim que conseguimos reduzir impactos ambientais sem comprometer a competitividade.”
Guilherme Mattos, diretor comercial da Edge, reforçou o papel das empresas privadas. “É fundamental que as companhias incorporem soluções de baixo carbono em todos os níveis, da armazenagem à distribuição, criando cadeias logísticas resilientes e inovadoras. O diesel continua sendo o mais utilizado no setor de transporte, mas a Edge, que é uma empresa nova, já trabalha com o gás natural e o biometano. São ativos que podemos levar ao setor industrial e também para o setor de transporte.”
Kristof Waterschoot, diretor geral do Porto de Antuérpia-Bruges International (PoABI), trouxe a perspectiva internacional. “Nas nossas operações, aplicamos tecnologias limpas e integração multimodal para reduzir emissões e aumentar a eficiência. Essas experiências podem inspirar soluções no Brasil e em outros mercados para que avancem ainda mais na competição internacional.”
Sobre o evento
O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde.
A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.
Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular.
Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.
O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.
