Centro de Reabilitação em São João do Piauí é referência no tratamento da fibromialgia
O Centro Especializado em Reabilitação (CER II) de São João do Piauí, unidade da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) administrada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), tem se consolidado como referência no atendimento a pacientes com fibromialgia no território da Serra da Capivara. A unidade oferece acompanhamento multidisciplinar a pessoas que convivem com a síndrome crônica, caracterizada por dores generalizadas e fadiga persistente.
Entre as pacientes atendidas está a professora Márcia Ferreira de Sousa, de 42 anos. As dores começaram há quase duas décadas e, sem diagnóstico definido, foram se tornando parte da rotina. “As dores físicas afetam a saúde mental e fragilizam, mas com acompanhamento adequado a gente aprende a se priorizar e a se fortalecer”, relata Márcia, que encontrou no CER II não apenas tratamento, mas acolhimento e recomeço.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 6,5 milhões de brasileiros convivem com a fibromialgia, e mais de 70% são mulheres. Além das dores físicas, os sintomas costumam se associar à ansiedade e à depressão, impactando significativamente a qualidade de vida.
A psicóloga Milca da Silva Pereira, que acompanha pacientes na unidade, destaca que o tratamento vai além do controle da dor. “A fibromialgia é uma condição real e complexa. O acolhimento psicológico é essencial para quebrar o ciclo de sofrimento e promover equilíbrio entre corpo e mente”, explica.
Para a fisioterapeuta e coordenadora do CER II, Mariana Rodrigues, o sucesso do tratamento está na integração entre especialidades. “Não há cura, mas há caminhos possíveis. O foco é aliviar os sintomas, melhorar a funcionalidade e garantir qualidade de vida”, afirma. Atualmente, outras seis mulheres com fibromialgia também recebem acompanhamento no centro.
Com 24 anos dedicados à educação, Márcia diz ter aprendido com a dor uma nova forma de ensinar e inspirar. “Ser professora é mostrar que, mesmo em meio às dificuldades, é possível florescer”, resume. Entre consultas, exercícios e escuta, ela reencontrou algo essencial: a esperança. “Não se julguem incapazes. Busquem ajuda, pratiquem o autocuidado e se amem”, aconselha.
