Após 102 anos do primeiro documento de identidade no Ceará, Pefoce chega a mais de um milhão de documentos emitidos em menos de um ano

Publicado em: 01/11/2025 01:38







31 de outubro de 2025 – 15:30
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Ascom Pefoce – texto, fotos e arte gráfica


A expectativa da Perícia Forense do Ceará é chegar a marca de 1.250.000 documentos até o final de 2025

Desde cedo entendemos a importância de termos sempre conosco nossos documentos, dentre eles, e talvez um dos principais, está o documento de identidade. Após a certidão de nascimento, o documento de identificação – o tão famoso Registro Geral (RG) -, foi um dos primeiros documentos emitidos por diversos cearenses e, em muitas ocasiões, enquanto ainda crianças. Ao longo do tempo essa documentação passou por diversos modelos e denominações, sendo atualmente substituído pela nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).

Antes mesmo de finalizar o ano de 2025, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) chegou a mais de um milhão de documentos de identidade emitidos no Ceará. Até esta sexta-feira (31), dia em que se comemora o 102º aniversário da primeira emissão do documento de identidade no Ceará, o número de emissões é de 1.053.740. A Pefoce estima que até o final deste ano o número de documentos chegue a marca de 1.250.000.

Além de alcançar a marca de mais de um milhão de documentos emitidos somente em 2025, o número é o maior dos últimos cinco anos. Em 2021, foram 514.492 documentos; seguido de 729.760 em 2022; 861.170 em 2023, até então a maior marca já alcançada. No ano passado, a Pefoce realizou o registro de 811.879 documentos.

Conforme os dados da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícia Biométrica (CIHPB), setor da  Perícia Forense do Estado do Ceará responsável pela emissão de novos documentos e pelo acervo dos documentos históricos, desde o início da emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), a partir do dia 11 de janeiro de 2024, a Pefoce já emitiu cerca de 1,9 milhão de documentos, também com previsão de alcançar a marca de 2 milhões de documentos emitidos ainda em 2025.

O coordenador da CIHPB, Ricardo Filgueiras, destaca que desde a criação e regulamentação da Perícia Forense do Estado do Ceará surgiu a necessidade dos serviços de identificação civil e criminal. “A Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), da Perícia Forense do Estado do Ceará, foi estabelecida desde a sanção da Lei de criação da Pefoce. O regulamento da coordenadoria é pelo mesmo decreto estabelecido que regulamenta a Lei da Pefoce e as atividades estão voltadas à identificação civil e criminal, além da parte laboratorial, isso direcionado, com a área de papiloscopia e necropapiloscopia”, destacou o coordenador.

“Aqui na coordenadoria, no prédio da Avenida Universidade, em Fortaleza, que é o centro histórico da coordenadoria, nós mantemos todas as atividades de identificação civil e criminal, parte administrativa e também a parte de análises necessárias para a emissão do documento de identidade”, ressaltou o auxiliar de perícia.

Com o retorno para a sede da coordenadoria, após um período de reforma, a unidade pôde restabelecer o atendimento à população. O atendimento ocorre tanto via agendamento prévio realizado pelo site da Perícia Forense – através do site: https://agendamento.pefoce.ce.gov.br/emissao – como por atendimento por demanda espontânea da população que busca a emissão do documento de identificação.

Documento seguro desde o início

Ricardo explica também que, desde que começaram a ser emitidas as primeiras identificações no Ceará, uma das principais preocupações era com a segurança e legitimidade do documento. “Desde o início da documentação da carteira de identidade civil, na época era chamada de cédula de identidade civil e foi mudando ao longo dos anos, houve uma preocupação de ser um documento de segurança. Inicialmente, mesmo sendo um documento físico, ele continha selos que eram distribuídos pelo Tribunal de Justiça, na época, e esses selos eram colados no documento e escritos por cima dele, para garantir que aquele selo não pudesse ser retirado ou modificado daquele documento”, afirmou.

“Com evolução com o passar dos anos, passou-se a utilizar a perfuração de chancela, onde todos os documentos a partir do terceiro ou quarto modelo utilizado no estado do Ceará possuía uma perfuração que marcava a chancela, pegando a fotografia e o espelho da carteira, como nós chamamos, que é a cédula em si. E aí a segurança foi evoluindo ao longo dos anos, com a utilização de cores diferentes, com a posição de assinatura, os dados que eram inseridos no documento ao longo dos anos foram sendo alterados, entre outras mudanças”, completou Ricardo.

Ao longo dos últimos 100 anos, o Ceará teve cerca de 15 modelos diferentes de documentos de identificação, indo da cédula impressa em uma espécie de carteira de couro até o documento digital disponível na plataforma do governo federal.

Acervo histórico

A Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB) não é responsável apenas pela emoção das novas Carteiras de Identidade Nacional (CIN), mas também por guardar, armazenar e catalogar todos os arquivos de registro de identificação civil e criminal do Ceará. Ao todo, a coordenadoria mantém em seu acervo histórico cerca de 350 mil registros de identificação criminal e, antes da implementação da CIN, mais de 18 milhões de registros de identificação civil.

Após a chegada do novo documento de identificação nacional, o acervo da Pefoce chega a cerca de 20 milhões de registros ao longo do último século. A maioria destes arquivos já foi digitalizado e está armazenado de forma virtual pela Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas, faltando ser digitalizado cerca de 6,5 milhões de arquivos.

Durante uma visita à sede da CIHPB, Ricardo destacou que o prédio da CIHPB, em Fortaleza, tem aproximadamente 600 metros quadrados, sendo cerca de 300 metros quadrados destinados apenas ao acervo histórico da Pefoce.

100 primeiros registros no Ceará

À frente da coordenação do CIHPB, Ricardo Filgueiras realizou um estudo de pesquisa com os 100 registros de identificação civil do Ceará. Com os dados obtidos, o auxiliar de perícia constatou que dentre as dez primeiras pessoas identificadas no Ceará, apenas uma era mulher – sendo uma francesa que trabalhava como modista em Fortaleza. Além disso, com a análise dos 100 primeiros identificados, o auxiliar de perícia identificou que apenas cinco pessoas foram registradas com cor/raça preta.

Com os dados do acervo da Pefoce, a primeira pessoa a ser identificada no estado do Ceará foi o Governador da época, Ildefonso Albano, que recebeu o registro nº 1 no dia 31 de outubro de 1923.

Ainda com o acervo dos 100 primeiros registros de identificação civil no Ceará, apenas 98 estão localizados na sede da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB). Apenas o primeiro registro do Ceará e o 15º registro, que foi o primeiro documento de um médico emitido no estado, estão arquivados no Centro de Estudos da Pefoce, na sede do Órgão, na Av. Presidente Castelo Branco, em Fortaleza.

Medalha do Centenário da Identificação Civil no Ceará

Após completar 100 anos da emissão da primeira identificação civil do Ceará, em 2023, a Pefoce criou uma medalha em alusão ao marco histórico. A medalha do Centenário da Identificação Civil no Ceará foi entregue pela primeira vez a servidores da instituição em fevereiro deste ano, durante as comemorações de 17 anos da Perícia Forense do Ceará.

Na ocasião, também foi entregue a medalha “Grande Mérito Policial Científico” – a mais alta honraria concedida pela Pefoce a civis, militares e instituições que prestam serviços que contribuem com o fortalecimento da Perícia Forense do Ceará.

Identidade para todos

Ainda neste mês, uma parceria entre a Coordenadoria de Defesa Social (Codes) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foi realizada com o objetivo de realizar a emissão de 100 novas Carteiras de Identidade Nacional (CIN) para crianças e adolescentes com alguma deficiência ou neurodivergência de Fortaleza e da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Na quinta-feira (23), os técnicos da Codes/SSPDS e da Pefoce estiveram na Escola de Ensino Fundamental (EEF) Instituto dos Cegos, na Capital cearense, com o objetivo de acolher as famílias dessa comunidade estudantil e recolher a documentação obrigatória para obtenção do principal documento de identificação em todo o âmbito nacional.




Fonte: Agência de Notícias do Estado do CE

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