Claudia Lelis propõe PL para reconhecimento da dança Suça como Patrimônio Cultural e Imaterial
Parlamentar reforça seu
compromisso com a valorização das tradições afro-brasileiras e quilombolas do
Estado
A deputada estadual Claudia
Lelis (PV) apresentou na Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), na sessão
da última terça-feira, 21, projeto de lei que reconhece a dança Suça,
tradicional manifestação cultural e religiosa originária do município de
Natividade, como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Tocantins. A
proposta reforça o compromisso da parlamentar com a preservação da identidade
cultural e o fortalecimento das expressões que traduzem a diversidade e a
riqueza do povo tocantinense.
Preservação da identidade
Para Claudia, o
reconhecimento da Suça como patrimônio imaterial é um ato de justiça cultural e
histórica. “Preservar esta dança é preservar nossa história, nossa
ancestralidade e a força das comunidades quilombolas que mantêm viva essa
tradição há gerações. O Tocantins tem uma identidade rica e plural, e
precisamos garantir que essas manifestações continuem inspirando nosso povo”,
destacou a deputada.
Fomento à cultura e
valorização das raízes tocantinenses
O projeto prevê que o Poder
Executivo, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo, promova ações de apoio,
registro e fomento à prática da Suça, incluindo sua inclusão em projetos
educativos, turísticos e culturais. Defensora e incentivadora da cultura
tocantinense, Claudia reforça que valorização cultural é também desenvolvimento
social.
“Investir em cultura é
investir em pertencimento, em autoestima e em oportunidades. A Suça é uma
herança que precisa ser celebrada e reconhecida oficialmente como símbolo da
nossa história”, afirmou. Com a iniciativa, a deputada reafirma seu papel como
porta-voz das tradições populares e da diversidade cultural do Tocantins,
fortalecendo a preservação da memória e das manifestações que formam a alma do
Estado.
Tradição e resistência
A dança da Suça chegou no
Tocantins por volta do século XVIII, por meio de descendentes africanos
escravizados que foram trazidos para trabalhar em minas de ouro, na região sul
do estado.
De origem afro-brasileira
e quilombola é encontrada em cidades como Natividade, Chapada de Natividade,
Dianópolis, Paranã, Santa Rosa do Tocantins, Almas, Arraias e Monte do Carmo. Tradicionalmente
celebrada em homenagem ao Divino Espírito Santo e a São Sebastião, a dança
mistura cânticos, percussões e movimentos ritmados, representando fé,
resistência e alegria coletiva.